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IVO – SOLIDARIEDADE EM CAMPO

FOTO-1-2

Ivo Picerni (Neves Paulista/SP, 3 de julho de 1944), notabilizou-se com um futebol rápido, insinuante e taticamente participativo, seja na meia quanto na ponta esquerda. Seu drible era curto e fatal; seu chute, sempre bem colocado. Adicione-se a tudo isso o futebol solidário em todo o campo. Começou no Nevense de sua terra natal, como meia esquerda. Chamou a atenção por suas qualidades em um amistoso contra a Votuporanguense.
Na Alvinegra, jogou em 5 temporadas, fazendo parte do fabuloso elenco de 1967. Sua função, como ponta recuado, foi extremamente importante para formar e desenvolver o meio de campo sensacional com Cardosinho e Liminha. Era um dos melhores times, no qual tive a alegria de jogar em 1967. Chegamos às finais contra o XV de Novembro de Piracicaba, mas perdemos o jogo”. Justa homenagem a alguns dos heróis daquela campanha notável foi prestada no dia 17 de setembro de 2022, à sombra da Arena Plínio Marin. Na ocasião, Ivo comentou: “Nós nunca tivemos uma homenagem como essa, em todos esses anos. É a primeira vez que tivemos nosso trabalho reconhecido, é algo que não vou esquecer nunca”. Na foto, da esquerda para a direita, estão Bidão (goleiro, 1967), França (goleiro, 1978), Sergio (meia-direita, 1967), Valdécio (meia-direita, 1978), Ivo (ponta-esquerda, 1967) e Betão (lateral, 1967).
No segundo jogo contra o XV, em um cruzamento de Haroldo, Ivo preparou-se para marcar o gol que levaria a decisão para a prorrogação, quando sofreu pênalti incontestável no empurrão do lateral improvisado Nei. O juiz nada marcou e a decepção marcou o time superior de Votuporanga. Por ironia do destino ou capricho dos eternos deuses do futebol, a vida dá voltas, e Ivo realizou o sonho de subir à divisão de elite do futebol paulista. Esse fato se
deu em 1971, atuando pelo Marília Atlético Clube. Companheiro de clube de Raimundinho, Elmo e Betão (todos da campanha de 1967), Ivo foi responsável pelo gol de cabeça aos 34 minutos do segundo tempo contra o SAAD. De forma incrível, o cabeceio ocorreu depois do cruzamento que encobriu o gigante Flávio, o fabuloso zagueiro daquela mesma Votuporanguense. O jogo era a preliminar pelas finais, com Rio Preto e Catanduvense fazendo o jogo principal. Com a vitória, o MAC dependia da improvável vitória da Catanduvense. Vejamos o texto do jornalista Jorge Luiz para o Jornal da Manhã de Marília, em 22/08/2021: “Ivo comentou que logo após a vitória o Anísio Haddad (presidente do Rio Preto) chegou todo feliz agradecendo os jogadores do Marília pela ajuda. Mal sabia ele que quando os jogadores estavam ainda no vestiário contando o dinheiro recebido do Rio Preto como prêmio de incentivo pela vitória sobre o Saad apareceu o presidente do Marília, o vereador e caminhoneiro Pedro Sola, pedindo para recolher toda aquela grana. O dinheiro, dado pelo Rio Preto ao Marília, seria repassado aos jogadores do Catanduvense para vencer o
próprio Rio Preto. E os jogadores do Catanduvense, incentivados pela mala cheia de dinheiro, derrotaram o Rio Preto”. 
Ivo trabalhou em supermercado e açougue em Neves Paulista, e se aposentou no Hospital de Base de São José do Rio Preto. Nos caminhos do futebol, vestiu com honra e dedicação as camisas do Nevense, Votuporanguense, Vila Nova de Goiás, ComerciaL de Campo Grande/MS, Jalesense, Rio Preto, Corinthians de Presidente Prudente, Mirassol e América-MG. Sua maior alegria foi ser um profissional da bola, contrapondo-se com sua maior tristeza, que foi deixar os gramados. Hoje, aos 80 anos, Ivo está aposentado. Ele e Vera Lúcia tiveram os filhos Jean, Juliano e Giorgio. O simpático casal tem o neto Michael Henrique. Vivem na paz e tranquilidade da bucólica Neves Paulista. 

 

 

 

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