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1960 – O PRIMEIRO TÍTULO

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ARQUIVO ALVINEGRO

1960 – O PRIMEIRO TÍTULO OFICIAL (Parte 1 de 3)

Você sabe quantos títulos a Associação Atlética Votuporanguense ganhou?

Em seus 44 anos de existência a Alvinegra ganhou dois títulos oficiais: campeã da Terceira Divisão de Profissionais em 1960 e campeã da Segunda Divisão em 1978. Ambas as divisões atualmente correspondem à atual Série A3 da Federação Paulista de Futebol. Entre as principais contratações estavam os irmãos Nélson e Celso Veiga, Jorge de Freitas e o goleiro Raimundinho.

A Votuporanguense venceu a Série Brigadeiro Faria Lima em uma disputa acirrada contra o Olímpia. Foi um 0 a 0 no primeiro jogo em Araraquara e uma vitória por 2 a 1 em São José do Rio Preto, gols de Jurandir e Neguinho.

Dessa forma, a vaga para a Segunda Divisão foi disputada contra a equipe do Cerâmica de São Caetano do Sul, no dia 22 de janeiro de 1961. No primeiro jogo, no ABC paulista, o Cerâmica venceu por 1 a 0, com uma atuação espetacular de Raimundinho, que impediu uma derrota por placar mais dilatado.

O jogo da volta foi no “Plínio Marin”, no dia 29 de janeiro. Choveu muito naquela tarde e os 90 minutos foram disputados em um campo encharcado. O futebol de toques curtos e rápidos da Votuporanguense ficou muito prejudicado, mas não impediu que Celso Veiga abrisse o placar; poucos minutos depois, Paulino empatou para o Cerâmica. 

O segundo tempo foi caracterizado por chutões para todos os lados, com o adversário mandando a bola para fora do campo sempre que podia. Em um dos chutões, Vildo aproveitou a rebatida da defesa, carregou a bola e decretou a vitória alvinegra por 2 a 1.

A decisão teria uma terceira partida, a ser disputada em campo neutro. O estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara, seria o palco das grandes emoções que só o futebol pode proporcionar. O dia 5 de fevereiro de 1961 seria marcado pela primeira grande façanha da Associação Atlética Votuporanguense bem no primeiro campeonato profissional de sua história.

            O regulamento, há muito promulgado, parecia ter sido feito para a grande ocasião. Caso a terceira partida terminasse empatada no tempo regulamentar, seria realizada uma prorrogação de 30 minutos. Caso persistisse o empate, uma quarta partida seria necessária para se conhecer o campeão da Terceira Divisão. O Diário da Noite, em reportagem especial, previa “uma partida das mais disputadas”. Por sua vez, o News Seller de São Caetano do Sul afirmava haver “absoluta confiança numa conquista do Cerâmica”.

            As equipes viajaram de trem até Araraquara. O empresário Carlos Ferrari, de Votuporanga, fretou um trem para os torcedores alvinegros. Entretanto, a viagem de quase 6 horas registrou um pequeno número de torcedores. A cidade inteira colou ouvidos na transmissão das rádios Clube e Piratininga.

            Após 90 minutos de jogo intenso e pleno de reviravoltas, a Votuporanguense venceu por 3 a 2, sagrando-se campeã da 3ª Divisão de Profissionais, logo no primeiro ano de profissionalismo. A torcida votuporanguense tomou um susto no final do primeiro tempo, quando Antoninho anotou a abertura do placar em favor do Cerâmica. Os deuses do futebol guardaram seus caprichos para o segundo tempo.

Bem no início da segunda etapa, Celso Veiga empatou o jogo com um portentoso chute no ângulo esquerdo da meta defendida pelo arqueiro Espanhol. Mas o time de São Caetano não se abalou e marcou o segundo gol, voltando à frente no placar com um petardo de Walter aos 17 minutos. O drama ganhava contornos épicos, porque 2 minutos depois, Touro empatou para a Alvinegra.

            No “crepúsculo da partida”, falta a favor da Votuporanguense na altura da intermediária do adversário. Jorge, dono de um poderoso chute de direita, soltou a “bomba”. A bola resvalou no zagueiro Meia-Noite que estava na barreira, encobriu o guarda-valas Espanhol e sobrou para Celso Veiga, o matador, que entrou com bola e tudo. Disse o artilheiro sobre o feito: “A Votuporanguense era o sangue da cidade”.

            Cidade esta que explodiu de alegria com a conquista, a qual levou a AAV para a Segunda Divisão. A Gazeta Esportiva Ilustrada pontificou na manchete da segunda quinzena de fevereiro: “Parabéns aos homens de Votuporanga!”. Foram eles: Raimundinho, Nélson, Olavo, Jorge, Neguinho, Alfredo, Carangola, Zé Luiz, Celso, Touro, Lupércio e Vildo.

            Nas palavras tocantes da Gazeta Esportiva, “o onze campeão, diga-se de passagem, mereceu essa conquista, porque soube lutar sempre com fibra, com denodo, tenacidade e, principalmente, com disciplina”. E mais ainda: “A eles todas as glórias, porque sua conquista não merece reservas. Foi a conquista de uma associação que soube lutar e vencer.

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