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A TAÇA DIVIDIDA

mont_tacas

Em tempos de tanta violência em clássicos no Brasil, a divisão espontânea de um troféu por dois clubes rivais parece inacreditável. Pois foi isso o que aconteceu em 1940 em Rio Grande, no interior gaúcho, cidade protagonista de um dos fatos mais inusitados da história do futebol brasileiro. O caso da Taça Serrada. Para entender o contexto do jogo que virou lenda é preciso voltar no tempo. O futebol gaúcho ainda vivia sua fase amadora. E os clubes de interior duelavam em pé de igualdade com a dupla Grenal. O último título do Internacional havia sido em 1934. Já o Grêmio não era campeão desde 1932. Enquanto isso, Rio Grande teve três campeões no período: Sport Club São Paulo (1933), Sport Club Rio Grande (1936) e Football Club Riograndense (1939). Uma das cidades mais antigas do estado, Rio Grande foi pioneira no futebol. Fundado em 1900, o Rio Grande é o clube mais antigo em atividade no país. A 1ª fase do Gauchão era disputada em torneios municipais, com o campeão seguindo em diante. Em Rio Grande, a
rivalidade era ferrenha. De 1937 a 1939, o Riograndense conquistou o título citadino. Isso levou os outros dois times a se unirem fora de campo, em 1940, para evitar o título do então campeão estadual. Durante dois meses, nada de jogo graças à polêmica. Para selar a paz entre o trio, a federação gaúcha realizou a Taça Confraternização. Campeão, o São Paulo serrou o troféu e entregou metade ao Rio Grande, terceiro colocado, em 26 de dezembro de 1940. Até hoje cada um ostenta parte do prêmio (Verminosos por Futebol).

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